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“Busquem se aperfeiçoar o máximo possível, pois todo tipo de conhecimento é válido”.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Mentiras Patológicas


Na nossa atual realidade estamos tão familiarizados com as "mentirinhas" do dia a dia que não identificamos quando as pessoas apresentam casos graves de distúrbios,  pois a mentira em excesso também podem significar psicopatias. Entretanto convivi com uma pessoa que apresentava características semelhantes e com isso resolvi compreender melhor os transtornos de personalidades. 
Encontrei vários relatos de familiares, amigos, colegas,... Mas vou expor um caso em particular, pois foi a mesma situação que ocorreu comigo, espero estar  ajudando muitas pessoas a  identificar casos de psicopatias em seu meio social.


                                                              
                                                                                            Patrícia Nobre



PSEUDOLOGIA FANTÁSTICA

 
Nos últimos dez anos convivi com uma pessoa que apresentava características muito semelhantes às de pessoas com transtorno de personalidade anti-social. Felizmente, desses dez anos, apenas nos dois primeiros a nossa foi uma relação de "amizade". Em pouco tempo, a própria pessoa descartou a "amizade", e obviamente não entendi nada, e acredito que ninguém entenderia, talvez pelos motivos que serão expostos mais adiante. À época, eu nem sabia que existia esse transtorno.

Não foi antes de eu ter tido inúmeros problemas de perseguição, inveja, calúnias e coisas do gênero, ao longo dos últimos oito anos de convivência "obrigatória", problemas esses que também tiveram muitos outros que com ela conviviam, senão todos, que comecei a me perguntar que personalidade seria aquela que ludibriava todos, sem exceção, e se mantinha totalmente impassível, continuando a mentir, a ludibriar, a conquistar para depois descartar e, a partir daí, começar a caluniar, a sabotar, a prejudicar ou tentar prejudicar, incluindo na esfera profissional.

Um dia, ao assistir ao programa, vi alguns relatos de pessoas que sofriam de sérios problemas de mentira patológica. Descobri que, nos Estados Unidos, por exemplo, há indivíduos presos ou sendo processados por danos físicos e/ou morais causados por esse comportamento patológico.

Ao ver e ouvir os depoimentos desvendei de imediato aquele mistério que sempre me parecera insondável. Afinal, tive inúmeros exemplos de que não se tratava de nada pessoal, pois a ação daquela caixa de Pandora estendia-se a diferentes pessoas, de formas bastante semelhantes, com um único fim, que não sabíamos qual, nem por quê. Até hoje, todos que de alguma forma entram para seu círculo de “amizades” tornam-se vítimas do seu espírito desagregador, dos seus ardis e das suas mentiras e, muitas vezes, também (ou por causa) de sua beleza física.


Características da mentira patológica ou pseudologia fantástica

A mentira patológica, mentira compulsiva ou pseudologia fantástica está relacionada ao transtorno de personalidade anti-social.

Merece destaque neste momento o fato de ser absolutamente natural que todos nós, em algum momento de nossas vidas, tenhamos que dizer alguma mentira.

 

 Mentiras Brancas

Há mentiras que são necessárias, as chamadas “mentiras brancas”. Por exemplo, seria uma verdadeira indelicadeza ou falta de tato não mentir quando alguém nos pergunta se gostou do seu novo corte de cabelo, e nós, na verdade, não gostamos. Temos que admitir que franqueza é uma qualidade das mais louváveis, mas pode se transformar numa verdadeira grosseria ou inconveniência quando seu efeito é tristeza, decepção ou mágoa. Neste caso, não é motivo nenhum de orgulho uma pessoa se declarar franca. Ela não está sendo menos que grossa e indelicada. Não será melhor mentir? Esse tipo de mentira não prejudicará absolutamente ninguém. Aliás, seu efeito é o oposto. Se não quisermos realmente mentir, poderemos dizer que achamos interessante o corte. Assim, lançaremos mão de uma ambigüidade e não mentiremos não nos omitiremos, não seremos impiedosos.

Outras situações há em que simplesmente precisamos, somos obrigados ou temos que mentir. Mas também essas mentiras não têm como propósito ferir ou magoar ou prejudicar o outro. Simplesmente somos obrigados, por forças de diferentes circunstâncias, a contar alguma "mentira branca".


Mentiras Narcisistas 

Existem ainda os narcisistas, as pessoas de auto-estima excepcionalmente baixa e os competitivos por excelência, dentre outros, para quem a mentira é um recurso muito usado para que possam ter a sensação de pertencer a um grupo, para que consigam chamar a atenção sobre si e para se sentirem mais confiantes.


Mentiras Patológicas

A mentira torna-se perigosa quando se trata de um comportamento patológico. E são várias as psicopatologias que em suas manifestações incluem a mentira. Todavia, abordaremos aqui apenas o transtorno de personalidade anti-social, lembrando-nos sempre do perigo de que se falou e o fato de que um mentiroso que mente deliberadamente sabe que mente, ao passo que um mentiroso patológico pode não saber.

Charles Dike, psiquiatra forense e professor de psiquiatria da Yale University School of Medicine, enfatiza que “a escassez de bibliografia e estudos sobre mentira patológica, que é muitas vezes chamada de pseudologia phantastica [tendência a contar histórias fantasiosas e extravagantes centradas sobre o próprio indivíduo, na definição de Houaiss], não deve ser interpretada de forma a significar que os psiquiatras raramente se deparem com casos como esses em sua prática clínica”. Segundo Dike, “é possível que os psiquiatras simplesmente saibam pouco acerca do assunto e tenham dificuldade de reconhecer o fenômeno”.
Na mentira patológica, o ato de dizer mentiras é com freqüência um fim em si mesmo. Ainda segundo o professor da Yale University School of Medicine, “o mentiroso patológico pode se tornar um prisioneiro de suas mentiras, e a personalidade desejada do mentiroso patológico pode sobrepujar sua verdadeira personalidade” (grifamos).

As pessoas portadoras de transtorno de personalidade anti-social, psicopatologia que inclui os mentirosos compulsivos, têm tamanho menosprezo e desconsideração pelos outros, são tão imprudentes no que concerne à sua própria segurança e à segurança das outras pessoas, são de uma falta tão impressionante de respeito, carinho e apego a toda e qualquer pessoa, que não é de causar admiração que só possam causar danos a todos ao seu redor.
Um dos que tiveram a mesma experiência que eu com aquela mesma pessoa costuma descrevê-la como “o diabo enfeitado”. E era (é) isso mesmo: caixa de Pandora, diabo enfeitado, o ditado “as aparências enganam” ao vivo e em cores. Isto porque, além de muitas vezes serem cativantes e sociáveis, tirando grande proveito dessas características, aqueles que sofrem de transtorno de personalidade anti-social tiram proveito ainda maior de sua beleza física, quando a têm. E isto torna tudo muito mais fácil em culturas que não apenas favorecem como incentivam ou cultuam a beleza física.
Parece contraditório falarmos em desordem ou doença anti-social e ao mesmo tempo afirmarmos que o mentiroso compulsivo pode ser sociável. Isto se deve ao fato de o termo anti-social ser usualmente interpretado e usado para descrever indivíduos que não gostam de ter vida social. Vejamos o que diz nosso dicionarista em sua definição do adjetivo de dois gêneros anti-social: “contrário às idéias, costumes ou interesses da sociedade; transgressor das regras da vida em sociedade e da moral social (ex.: comportamento anti-social)".
Ao escrever sobre o tema, Derek Wood afirma que o mentiroso patológico estabelece relações muito facilmente, porém desfaz com igual facilidade sempre que essas relações “não lhe forem mais convenientes ou necessárias, fazendo com que todos os seus relacionamentos sejam desprovidos de qualquer profundidade ou significado, incluindo-se aí casamentos.” Mas o ensaísta não pára aí: o portador do transtorno de personalidade anti-social, em especial o mentiroso patológico, “parece ter uma habilidade inata de descobrir as fraquezas das pessoas e está pronto a usar essas fraquezas para suas próprias finalidades através de astúcia, manipulação ou intimidação, obtendo prazer com isso. Parece ser incapaz de emoções verdadeiras, desde amor até vergonha e culpa. (...) Ele quer recompensas e gratificação imediatas”.
O mentiroso patológico acredita em suas mentiras, ao menos no momento em que as está dizendo. Suas estórias tendem a ser muito dramáticas. Costuma passar uma idéia de si como se fosse uma pessoa muito brilhante, muito corajosa, muito atraente, irresistível, interessante. Uma outra característica de sua personalidade é se fazer de vítima ou incompreendido, lançando mão das mais incríveis narrativas em que é vítima de agressões físicas e/ou psicológicas. E vai às lágrimas para se mostrar verdadeiro.

Ao contrário do que acontece com pessoas que têm empatia, o mentiroso patológico, quando não pertence àquelas classes de que falamos acima, ou seja, narcisismo, competição e baixa auto-estima, usa seu dom de descobrir o outro em seu próprio, único e ardiloso interesse.

Algumas vezes as pessoas começam a desconfiar do mentiroso patológico por causa dos "buracos" muito óbvios em suas histórias. Um rapaz recém-saído da adolescência poderá descrever sua coragem e audácia em situações que aterrorizariam qualquer pessoa normal. Uma senhora pacata e caseira vai falar sobre todos os homens que se apaixonaram por ela à primeira vista. Uma jovem ansiosa por chamar a atenção das amigas e ser admirada por todos e cobiçada pelos homens, mesmo sendo muito bonita, passa o tempo todo narrando estórias de tentativas de raptos em ruas sabidamente movimentadas e policiadas, em horários os mais estapafúrdios possíveis, ou que seu namorado, sabidamente destituído de temperamento romântico, simplesmente cobriu de pétalas de camélias (nem rosas vermelhas nem orquídeas, mas camélias!!!) todo o caminho pelo qual ela iria passar. Não costuma durar muito tempo esse tipo de mentira, se é que dura algum tempo.

Mas passemos às boas-novas. Recentíssimo estudo da University of Southern California, conduzido por Yaling Yang e Adrian Raine, revelou pela primeira vez evidência de anormalidades estruturais do cérebro em pessoas que têm o hábito de mentir, enganar e manipular os outros.

Não há a menor dúvida de que se trata de mais um grande avanço da ciência, pois poderá elucidar muitos pontos no que concerne ao estudo dessa psicopatologia. Não há a menor dúvida também de que, como em tantos outros casos de distúrbios psicológicos, psiquiátricos e neurológicos, o avanço trará benefícios a todos, principalmente por se tratar, como o próprio nome já diz, de um mal que atinge seriamente a vida e o comportamento social de quem sofre a doença e de todos com quem convive.

Elencamos a seguir os sintomas clínicos para o diagnóstico do transtorno de personalidade anti-social, bem como as características desse transtorno, retirados do site abaixo: http://www.faculty.ncwc.edu/toconnor/428/428lect16.htm


Característica
 Transtorno de Personalidade Anti-social

• Sensação de poder e autoridade

• Ausência de remorso

• Indiferença aos sentimentos alheios

• Comportamento inconsciencioso

• Manipulação

• Abuso de boa-fé

• Tentativa de culpar sempre os outros

• Frieza afetiva

• Irresponsabilidade social

• Incoerência na compreensão das coisas

• Negligência quanto a obrigações

• Desobediência a regras e normas

• Irresponsabilidade

Sintomas Clínicos para Diagnóstico

• Incapacidade de seguir as normas sociais

• Fingimento, personalidade manipuladora

• Impulsividade, incapacidade de planejar

• Irritabilidade, agressividade

• Indiferença quanto à própria segurança
e quanto à segurança dos outros

• Irresponsibilidade sistemática

• Ausência de remorso depois de haver magoado, maltratado, enganado ou roubado

Pesquisadores das áreas relacionadas ao funcionamento do cérebro ou à psique afirmam que algumas vezes a pseudologia fantástica, a mentira patológica, parece estar relacionada a causas físicas (problemas no cérebro), como pretende demonstrar o estudo de Yang e Raine, por exemplo, enquanto outras vezes parecem estar ligadas a problemas psicológicos, em especial a baixa auto-estima. Em qualquer um dos casos, todos eles são unânimes em afirmar que um diagnóstico sério e um tratamento sério são necessários. E um dos motivos, repetimos abaixo:

Um mentiroso que mente deliberadamente sabe que mente, ao passo que um mentiroso patológico pode não saber.


 http://www.fiatpax.pro.br/ensaios/lying/lying.htm


Sobre a Mentira


Pesquisas mostram que todos mentem de uma forma ou outra e, assim sendo, a dificuldade da psiquiatria está em descobrir qual é a mentira patológica.


Wanderson Castilho, especialista em reconhecer sinais corporais, dá dicas para indentificar mentirosos.


Método detecta mentiras analisando as expressões faciais


O rosto pode revelar o contrário do que uma pessoa diz. O detetive Wanderson Castilho analisou as mentiras contadas por pessoas famosas.
Matéria do Fantástico com a participação do Professor e Personal Trainer: Cristiano Soares.


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