Este blog tem como intuito transmitir conhecimentos de diversos assuntos, sem distinção de qualquer natureza com livre manifestação do pensamento, pois todo o conhecimento é valido, é dessa forma que descobrimos o que realmente queremos seguir. Nesse blog encontrasse documentários, vídeos, textos e livros que muitas vezes não chegam até nós e são esquecidos ao longo do tempo. Lembrando que devemos olhar de uma forma “aberta” só assim teremos o verdadeiro conhecimento que vem de dentro, formando nossas próprias opiniões e novos caminhos.

“Busquem se aperfeiçoar o máximo possível, pois todo tipo de conhecimento é válido”.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Sertir as Energias



A primeira coisa a ser feita é sentir a sua energia. A primeira coisa não é perguntar “como usá-la?” A primeira coisa é: como senti-la, e como senti-la intensamente, apaixonadamente, totalmente. E a beleza é que uma vez que você a tenha sentido, a partir desse sentimento, o “insight” surge: como usá-la. A energia começa a lhe dirigir. Não é que você dirija a energia: pelo contrário, a energia começa a se mover de acordo consigo própria e você simplesmente a segue. Aí, há espontaneidade e daí, há a liberdade.

Se você tenta usar a energia, duas coisas vão acontecer: uma, desde o começo você assumiu o ponto de vista da dualidade, de que você é separado da energia – o que é errado, o que cria uma divisão, que é a base de toda a esquizofrenia. Desde o início você começou controlando e manipulando sua energia; e isso pode ser feito apenas através da cabeça. A cabeça é manipuladora, e está sempre tentando controlar tudo. Se ela controla a energia, não permite que a energia vá além do que ela alcança. Ela não vai permitir à energia se mover além do que ela enxerga. E ela não enxerga muito longe nesse momento.

Qual é o limite além do qual a mente nunca permite? O limite é onde a energia se torna orgásmica. Aí, a cabeça se torna medrosa, porque a mente começa a se misturar e a perder o seu controle. Agora, está além dela; agora, algo não controlável está acontecendo. Então, um momento antes disso começar a acontecer, a mente começa a puxá-lo para trás.

A mente é muito “não-orgásmica”; ela não permite nenhuma experiência orgásmica. Pode ser sexo, pode ser amor, beleza, música, dança, qualquer coisa, mas ela nunca permite nenhuma experiência inteiramente orgásmica. Ela simplesmente lhe segura atrás, porque ser orgásmico significa estar fora da sua cabeça. A mente explode; e ela é muito temerosa disso, naturalmente – é uma espécie de morte, perder o controle.

Se você pensa em como usar a energia, a cabeça começa a tomar a posição de controladora, de diretora.

E a segunda coisa: se a mente começa a controlar, a totalidade de sua energia nunca se tornará disponível a você, porque a mente pode funcionar apenas na superfície; ela não pode se mover para o centro. O pensamento nunca se move para o centro do seu ser; o centro do seu ser é totalmente desprovido de pensamentos. Ele é silêncio, nenhuma palavra nunca o penetrou. Ele é silêncio virgem; a mente não pode interferir aí.

Se a mente estiver no controle, você estará usando apenas as energias superficiais que estão disponíveis na circunferência. Na circunferência, as energias são muito limitadas. Na circunferência, você se sente muito facilmente cansado, exausto. Você não está conectado, plugado na real fonte de energia.

Então, esses dois problemas surgem se você pergunta “como usar a energia?”

O meu enfoque é: experimente o que a energia é. Aí, duas coisas irão acontecer. Uma: você perceberá que “você é energia”. Isso trará uma profunda unidade, integração; a divisão desaparecerá. Pela primeira vez você será realmente normal. E a segunda coisa: você poderá ser “orgásmico”; nesse momento não haverá ninguém para controlar. Você é energia, então, você pode ir com a energia, onde quer que ela vá, em profunda consciência. Aí, toda a vida se torna orgástica.



Osho