Lendo o livro "Comer, Rezar, Amar", tem uma parte que chamou a minha atenção, pois mostra a vontade da protagonista em alcançar o equilíbrio. Em uma das suas viagens, Liz conhece um xamã: Ketut.
"Então, quando o velhote me perguntou pessoalmente o que eu queria de verdade, encontrei outras palavras, mais verdadeiras.
- Eu quero ter uma experiência duradoura de Deus. Algumas vezes, eu sinto que entendo a divindade de Deus, mas depois deixo de entender porque me distraio com meus desejos e medos mesquinhos. Quero estar com Deus o tempo todo. Mas não quero ser nenhuma monja, nem abrir mão por completo dos prazeres mundanos. Acho que o que eu quero é aprender a viver neste mundo e desfrutar seus prazeres, mas também me dedicar a Deus.
Ketut disse que podia responder minha pergunta com uma imagem.
Mostrou-me um esboço que havia desenhado certa vez durante a meditação. Era uma figura humana andrógina, de pé, com as mãos unidas em prece. Mas essa figura tinha quatro pernas e não tinha cabeça. Onde deveria estar a cabeça, havia apenas um tufo selvagem de samambaias e flores. Em cima do coração estava desenhado um pequeno rosto sorridente.
- Para encontrar o equilíbrio que você busca - disse Ketutu, é nisso que você tem de se transformar. Precisa manter os pés plantados com tanta firmeza na terra que é como se tivesse quatro pernas, em vez de duas. Assim, você consegue permanecer no mundo. Mas você tem que parar de ver o mundo através da sua cabeça. Em vez disso, precisa olhar pelo coração. Assim você vai conhecer Deus."
- Eu quero ter uma experiência duradoura de Deus. Algumas vezes, eu sinto que entendo a divindade de Deus, mas depois deixo de entender porque me distraio com meus desejos e medos mesquinhos. Quero estar com Deus o tempo todo. Mas não quero ser nenhuma monja, nem abrir mão por completo dos prazeres mundanos. Acho que o que eu quero é aprender a viver neste mundo e desfrutar seus prazeres, mas também me dedicar a Deus.
Ketut disse que podia responder minha pergunta com uma imagem.
Mostrou-me um esboço que havia desenhado certa vez durante a meditação. Era uma figura humana andrógina, de pé, com as mãos unidas em prece. Mas essa figura tinha quatro pernas e não tinha cabeça. Onde deveria estar a cabeça, havia apenas um tufo selvagem de samambaias e flores. Em cima do coração estava desenhado um pequeno rosto sorridente.
- Para encontrar o equilíbrio que você busca - disse Ketutu, é nisso que você tem de se transformar. Precisa manter os pés plantados com tanta firmeza na terra que é como se tivesse quatro pernas, em vez de duas. Assim, você consegue permanecer no mundo. Mas você tem que parar de ver o mundo através da sua cabeça. Em vez disso, precisa olhar pelo coração. Assim você vai conhecer Deus."
A pergunta de Liz para o xamã é a duvida que muitos de nós
temos, pois queremos aproveitar a vida e seus prazeres, mas ao mesmo tempo desejamos
estar equilibrados e encontramos a nossa paz interior, sem precisar abrir mão por
completo dos prazeres mundanos. Ansiamos compreender Deus e toda a sua
divindade, mas também desejamos ser compreendido pelas nossas falhas e erros, sem
sentimos culpas pelos nossos devaneios.
Deus no coração sem abrir
mão da vida!!!
Como
diz o xamã, devemos nos transformar, pois para encontrar
o equilíbrio, devemos valorizar a nossa vida terrena, com tudo
que ela nós proporciona e ver o mundo com amor, só assim poderemos
aceitar as falhas, as magoas e os erros cometidos por nós e contra nós.
No
momento que olharmos o mundo com amor... Conheceremos Deus.
"Lembrem-se: um pé de cada vez, mas todos os quatro firmes no chão".
Patrícia Nobre